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alegres

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Conto de Machado de Assis

Um Apólogo
Machado de Assis

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora?  A senhora não é alfinete, é agulha.  Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa!  Porque coso.  Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você?  Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.  Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?  Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?  Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: 
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. 
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!


Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59

sexta-feira, 15 de abril de 2016

FOTOS DE TRABALHOS.
















Assunto do 7°ano


Verbo Intransitivo- tem sentido completo.Pertence ao predicado verbal. É um verbo de ação completa.

EXS: O rapaz chorou bastante.
       
         A mulher dormiu.


Verbo Transitivo Direto- não tem sentido completo, necessita de complemento verbal, que é o objeto direto.É um verbo significativo  e de ação.Pertence ao predicado verbal e ao predicado verbo nominal.

EXS: Aquele aluno comprou uma mochila nova.
           
         Comprou- verbo transitivo direto./ Objeto direto- uma mochila nova.


         Os pássaros fazem seus próprios ninhos.
       
         Verbo transitivo direto- fazem./ Objeto direto- seus próprios ninhos.

         Os alunos acharam difícil a prova.
       
         Verbo transitivo direto- acharam./ Objeto direto- a prova./ predicativo do objeto direto- difícil
       
         Predicado verbo-nominal- acharam difícil a prova.

Verbo Transitivo Indireto- não tem sentido completo. Necessita de complemento verbal, que é o objeto indireto. O verbo transitivo indireto é ligado ao seu complemento ( objeto indireto ) por meio de preposições.Ele pertence ao predicado verbal e verbo-nominal. Principais preposições: a, ante, após, até com, contra, de, desde, em, para, perante, por, sob, sobre, trás.

EXS: A natureza está necessitando de respeito.
       
         Verbo transitivo indireto- está necessitando./ Objeto indireto- de respeito./ Preposição- de.

         Ela só pensa em casamento perfeito.

         Verbo transitivo indireto- pensa./ Objeto indireto- em casamento./ Preposição- em./ Predicativo do objeto indireto- perfeito. Predicado verbo-nominal- só pensa em casamento perfeito.

Verbo Transitivo Direto e Indireto- tem sentido incompleto e pede dois complementos: objeto direto e objeto indireto.

EXS:  Nós oferecemos flores às diretoras.

          Verbo transitivo direto e indireto- oferecemos./ Objeto direto-flores./ Objeto indireto- às diretoras

          Predicado verbal- oferecemos flores às diretoras.


Verbo de ligação- liga o sujeito a uma característica (qualidade, estado ou condição) chamado predicativo do sujeito. Principais verbos de ligação: ser, estar, ficar, continuar, permanecer, parecer, andar. O verbo de ligação pertence ao predicado nominal.


EXS: Aquele aluno é inteligente.  Verbo de ligação-é./ Predicativo do sujeito- inteligente./ Predicado nominal- é inteligente.
       
        A garota permanece feliz.    Verbo de ligação- permanece./ Predicativo do sujeito- feliz./ Predicado nominal- permanece feliz.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Dicas para se fazer uma boa redação.

CARACTERISTICAS DE UMA BOA REDAÇÃO-PROF;CARLOS JUNIOR
O QUE É UMA REDAÇÃO?
Definições da web
Redação é o processo de redigir um texto. É uma atividade presente na cultura civilizada desde a invenção da escrita, e atualmente considerada um campo profissional e artístico na literatura, na produção de roteiros, na elaboração de relatórios e documentos, na publicidade e no jornalismo — ..
CARACTERÍSTICAS:
1) Na dissertação, não escreva períodos muito longos nem muitos curtos.
2) Na dissertação, não use expressões como “eu acho”, “eu penso” ou “quem sabe”, que mostram dúvidas em seus argumentos.
3) Uma redação “brilhante” mas que fuja totalmente ao tema proposto será anulada.
4) É importante que, em uma dissertação, sejam apresentados e discutidos fatos, dados e pontos de vista acerca da questão proposta.
5) A postura mais adequada para se dissertar é escrever impessoalmente, ou seja, deve-se evitar a utilização da primeira pessoa do singular.
6) Na narração, uma boa caracterização de personagens não pode levar em consideração apenas aspectos físicos. Elas têm de ser pensadas como representações de pessoas, e por isso sua caracterização é bem mais complexa, devendo levar em conta também aspectos psicológicos de tipos humanos.
7) O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal; a carta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada.
8 ) O que se solicita dos alunos é muito mais uma reflexão sobre um determinado tema, apresentada sob forma escrita, do que uma simples redação vista como um episódio circunstancial de escrita.
9) A letra de forma deve ser evitada, pois dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa grafia e limpeza são fundamentais.
10) Na narração, há a necessidade de caracterizar e desenvolver os seguintes elementos: narrador, personagem, enredo, cenário e tempo

Quais são os principais tipos de redação?
Existem 3 tipos principais de redação:
1-Narração
2-Descrição
3-Dissertação
1-A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo e em um espaço, organizados por uma narração feita por um narrador.
Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a história.
Existem três tipos de foco narrativo:
- Narrador-personagem: é aquele que conta a história na qual é participante. Nesse caso ele é narrador e personagem ao mesmo tempo, a história é contada em 1ª pessoa.
- Narrador-observador: é aquele que conta a história como alguém que observa tudo que acontece e transmite ao leitor, a história é contada em 3 pessoa.
- Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre o enredo e as personagens, revelando seus pensamentos e sentimentos íntimos. Narra em 3ª pessoa e sua voz, muitas vezes, aparece misturada com pensamentos dos personagens (discurso indireto livre).
É comum que o texto narrativo apresente a seguinte estrutura:
Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da história, como o momento e o lugar onde a ação se desenvolverá.
Complicação: é a parte do texto em que se inicia propriamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem, conduzindo ao clímax.
Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu momento crítico, tornando o desfecho inevitável.
Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações dos personagens.
Os personagens têm muita importância na construção de um texto narrativo, são elementos vitais.
As personagens são principais ou secundárias, conforme o papel que desempenham no enredo, podem ser apresentadas direta ou indiretamente.
A apresentação direta é quando o personagem aparece de forma clara no texto, retratando suas características físicas e/ou psicológicas, já a apresentação indireta se dá quando os personagens aparecem aos poucos e o leitor vai construindo a sua imagem com o desenrolar do enredo, ou seja, a partir de suas ações, do que ela vai fazendo e do modo como vai fazendo.
2-O que é descrição? É a ação que você toma de descrever sobre algo ou alguém.

Então, o que é descrever? Vejamos: de acordo com o dicionário, é o ato de narrar, contar minuciosamente.
Então, sempre que você expõe com detalhes um objeto, uma pessoa ou uma paisagem a alguém, está fazendo uso da descrição.
Essa última é como se fosse um retrato distinto e pessoal de algo que se vê ou se viu!
Assim, para se fazer uma boa descrição, não é necessário que seja perfeita, uma vez que o ponto de vista do observador varia de acordo com seu grau de percepção. Dessa forma, o que será importante ser analisado para um, não será para outro.
Portanto, a vivência de quem descreve também influencia na hora de transmitir a impressão alcançada sobre determinado objeto, pessoa, animal, cena, ambiente, emoção vivida ou sentimento.
Os pormenores são essenciais para se distinguir um determinado momento de qualquer outro, desse modo, a presença de adjetivos e locuções adjetivas é traço distinto de um texto descritivo.
Quando for descrever verbalmente, tenha sutileza ao transmitir e leve em consideração, de acordo com o fato, objeto ou pessoa analisada: a) as cores; b) altura; c) comprimento; d) dimensões; e) características físicas; f) características psicológicas; g) sensação térmica; h) tempo e clima; i) vegetação; j) perspectiva espacial; l) peso; m) textura; n) utilidade; o) localização; e assim por diante.
Claro, tudo vai depender do que está sendo descrito. Em uma paisagem, por exemplo, a descrição poderá considerar: a posição geográfica (norte, sul, leste, oeste); o clima (úmido, seco); tipo (rural, urbana); a sensação térmica (calor, frio) e se existem casas, árvores, rios, etc.
Veja no exemplo:

“Da janela de seu quarto podia ver o mar. Estava calmo e, por isso, parecia até mais azul. A maresia inundava seu cantinho de descanso e arrepiava seu corpo...estava muito frio, ela sentia, mas não queria fechar a entrada daquela sensação boa. Ao norte, a ilha que mais gostava de ir, era só um pedacinho de terra iluminado pelos últimos raios solares do final daquela tarde; estava longe...longe! Não sabia como agradecer a Deus, morava em um paraíso!”
A sensação que o leitor ou ouvinte tem que ter em uma descrição é a de que foi transportado para o local da narração descritiva.
Da mesma forma, quando um objeto é descrito, o interlocutor dever ter a sensação de que está vendo aquele sofá ou aquela xícara.
Por fim, vejamos a seguir os dois tipos de descrição existentes:
• Descrição objetiva: acontece quando o que é descrito apresenta-se de forma direta, simples, concreta, como realmente é:
a) O objeto tem 3 metros de diâmetro, é cinza claro, pesa 1 tonelada e será utilizado na fabricação de fraldas descartáveis.
b) Ana tem 1,80, pele morena, olhos castanhos claros, cabelos castanhos escuros e lisos e pesa 65 kg. É modelo desde os 15 anos.
Descrição subjetiva: ocorre quando há emoção por parte de quem descreve:
a) Era doce, calma e respeitava muito aos pais. Porém, comigo, não tinha pudores: era arisca e maliciosa, mas isso não me incomodava.
Portanto, na descrição subjetiva há interferência emocional por parte do interlocutor a respeito do que observa, analisa.
Como você vai saber se fez uma excelente narração descritiva? Quando reler o seu texto e perceber se de fato outros leitores visualizarão como reais o que está sendo descrito!
3-CARACTERÍSTICAS DE UMA DISSERTAÇÃO
A dissertação em si, é uma produção textual que possibilita ao induvíduo uma análise (opinião) diante de um determinado assunto, de um determinado tema.
No caso por exemplo, de uma redação-dissertação, como geralmente é proposto nos vestibulares e alguns concursos, o produtor da dissertação precissa obviamente seguir algumas regras como:
* Defender seu ponto de vista até o final;
* Ser objetivo, uma vez que suas opiniões têm que ser baseadas em em conhecimentos "seguros", que possuam coerência;
* Usar de argumentos seguros em defesa do seu ponto de vista, entre outros.
  
 Uma dissertação se divide em três partes:

Intrudução: nessa parte se verbaliza o problema ou tema proposto (uma espécie de resumo), não se prolongando muito;
* Um parágrafol já e suficiente!

Desenvolvimento: agora o produtor do texto poderá se prolongar um pouco mais, uma vez que neste ponto ele irá apontar argumentos em defesa do seu ponto de vista (lembrando que tem ser ser objetivo).
* Dois parágrafos já é de "bom tamanho"!

Conclusão: agora o indivíduo irá fazer o fechamento do seu texto (da sua idéia). É o ponte de maior tensão, pois tem que está em "harmonia" com tudo o que foi dito na introdução e desenvolvimento; uma vez que os três (introdução, desenvolivmento e conclusão) precisam obrigatoriamente estarem interligados.
Não há necessidade, assim como na introdução, de se prolongar muito...

* Um parágrafo é suficiente!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

ALUNOS DO CESJ.




Alunos do CESJ




Como se fazer uma carta formal informal.

Exemplo Carta formal

Cabeçalho
Joana Fernandes
Av. do Brasil, 567, 4º Esq.
1700-023 Lisboa
Ex.mo Senhor:
Dr. Pedro Faria Magalhães
Instituto do Emprego e Formação Profissional
Av. 24 de Julho, 541, 7º
1200 – 034 Lisboa
Lisboa, 5 de Maio de 2007
Assunto: Envio de documentação / …
.
Abertura e texto inicial
Ex.mo Senhor / Ex.ma Senhora / Ex.mos Senhores:
    • Junto envio a documentação referente ao…
    • Venho enviar a documentação… / Envio em anexo o meu Curriculum Vitae…
    • Venho solicitar a V. Ex.a se digne conceder-me uma audiência…
    • Solicito a atenção de V. Ex.a para o assunto que passo a expor:
    • Em resposta ao anúncio publicado no jornal… do passado dia…, venho apresentar a V. Ex.as a minha candidatura ao lugar de …
    • Na sequência da conversa telefónica com…, venho comunicar a V. Ex.a a minha disponibilidade para…
    • Venho informar V. Ex.a de que estou inteiramente ao vosso dispor para uma possível colaboração com a vossa empresa.
    • Como é do conhecimento de V. Ex.a, encontro-me actualmente a desempenhar as funções de…
    • Venho solicitar a atenção de V. Ex.as para os factos que passo a expor.
    • Vimos chamar a atenção de V.Ex.as para a seguinte situação.
.
Fecho
    • Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Ex.a, apresento os meus melhores cumprimentos,
    • Com os (meus/nossos) melhores cumprimentos,
    • Atentamente,

.

Exemplo Carta Informal

Cabeçalho
Lisboa, 7 de Maio de 2008
.
Abertura
    • Caro(a) amigo(a): / Caro(a) amigo(a), (menos informal)
    • Caro Jorge: / Caro Jorge, (menos informal)
    • Jorge: / Jorge,
    • Jorge e Mariana: / Jorge e Mariana,
    • Olá, Jorge! / Olá, Jorge, (familiar)
    • Querida mãe,
    • Querido Jorge:  / Querido Jorge, (muito íntimo)
    • Querido(a) amigo(a):  / Querido(a) amigo(a), (muito íntimo)
.
Fecho
    • Saudações de amizade, / Saudações cordiais / Com amizade, (relativamente formal)
    • Um abraço, (informal)
    • Um grande / forte abraço,
    • Um beijinho,  / Um beijo, / Muitos beijos, / Muitos beijinhos, (familiar)
    • Muitas saudades,
Use os exemplos práticos de como escrever cartas que apresentámos em cima para redigir cartas com sucesso e obter as suas pretensões e respostas que deseja.

Jornal mural -CESJ




sábado, 20 de fevereiro de 2016

Revisão de pronomes para o 5° e 6° anos

PRONOMES

                  Classes de Palavras – PRONOMES
PRONOME – É a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, indicando a pessoa do discurso.

CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES

Há seis tipos de pronomes:

·         Pessoais;
- pessoais do caso reto;
- pessoais do caso oblíquo;
- pessoais de tratamento.
·         Possessivos;
·         Demonstrativos;
·         Indefinidos;
·         Interrogativos;
·         Relativos.

PRONOMES PESSOAIS


Os pronomes pessoais substituem os nomes e indicam as pessoas do discurso. Os pronomes pessoais dividem-se em: retos e oblíquos.

a       PRONOMES PESSOAIS RETOS E OBLÍQUOS

PESSOAS DO DISCURSO
RETOS
OBLÍQUOS
1ª pessoa singular
Eu
Me, mim, comigo.
2ª pessoa do singular
Tu
Te, ti, contigo.
3ª pessoa do singular
Ele/ela
O, a, lhe, se, si, consigo.
1ª pessoa do plural
Nós
Nos, conosco.
2ª pessoa do plural
Vós
Vos, convosco.
3ª pessoa do plural
Eles/elas
Os, as, lhes, se, si, consigo.
                         

a    PRONOMES PESSOAIS DE TRATAMENTO

Os pronomes de tratamento são usados no trato cerimonioso ou informal. A seguir os pronomes mais utilizados:


PRONOME
ABREVIATURA
USADO PARA
Você
V.
Tratamento familiar
Senhor (a)
Sr. Sra.
No tratamento respeitoso às pessoas que se mantém um certo distanciamento.
Vossa Senhoria
V.S.ª
Pessoas de cerimônia, principalmente em correspondências comerciais.
Vossa Excelência
V.Ex.ª
Altas autoridades: presidentes da República, senadores, deputados.
Vossa Eminência
V.Em.ª
Cardeais
Vossa Alteza
V.A.
Príncipes e duques
Vossa Santidade
V.S
O Papa
Vossa Majestade
V.M.
Reis e rainhas

 a    PRONOMES POSSESSIVOS
São aqueles que se referem às pessoas gramaticais e dão a idéia de posse.

Exemplos:
Não durma na minha cama.
A sua televisão quebrou novamente.

Os pronomes possessivos concordam:

Em pessoa com o possuidor: Eu peguei o meu caderno.
Em gênero e número com a coisa possuída: Você já pegou o seu caderno?

PESSOA DO DISCURSO
PRONOME POSSESSIVO
1ª pessoa singular
Meu, minha, meus, minhas.
2ª pessoa singular
Teu, tua, teus, tuas.
3ª pessoa singular
Seu, sua, seus, suas.
1ª pessoa plural
Nosso, nossa, nossos, nossas.
2ª pessoa plural
Vosso, vossa, vossos, vossas.
3ª pessoa plural
Seu, sua, suas, suas.

a    PRONOMES DEMONSTRATIVOS
São aqueles que indicam o lugar, a posição que um ser ocupa em relação às pessoas do discurso.

Posição no espaço:
Esta caneta é minha. Esta indica que a caneta está próxima da pessoa que fala.
Esse carro não é o teu? Esse indica que o carro está próximo da pessoa que ouve.
Aquele livro não pode ficar lá na mesa. Aquele indica que o livro está distante da pessoa que fala e da pessoa que ouve.

Posição no tempo:
Esta semana comprei meu carro. Esta se refere à semana presente, atual.
Esse mês batemos nossas metas. Esse se refere a um passado próximo.
Aquele mês foi péssimo para o comércio. Aquele se refere a um passado mais distante.



SINGULAR
PLURAL
MASCULINO
FEMININO
MASCULINO
FEMININO
VARIÁVEIS
este
esse
aquele
o mesmo
o outro
o tal
esta
essa
aquela
a mesma
a outra
a tal
estes
esses
aqueles
os mesmo
os outros
os tais
estas
essas
aquelas
as mesmas
as outras
as tais
INVARIÁVEIS
isto, isso, aquilo





a    PRONOMES INDEFINIDOS
Indicam os seres de um modo vago e indeterminado (de forma imprecisa). 


SINGULAR
PLURAL
MASCULINO
FEMININO
MASCULINO
FEMININO
VARIÁVEIS
algum
nenhum
outro
todo
um
certo
muito
pouco
qualquer
alguma
nenhuma
outra
toda
uma
certa
muita
pouca
qualquer
alguns
nenhuns
outros
todos
uns
certos
muitos
poucos
quaisquer
algumas
nenhumas
outras
todas
umas
certas
muitas
poucas
quaisquer
INVARIÁVEIS
algo, alguém, ninguém, nada, tudo, outrem








a    PRONOMES RELATIVOS (funcionam como elo de ligação entre uma frase e outra) : referem-se a uma palavra ou sentido mencionado antes e servem para ligar duas afirmações.



SINGULAR
PLURAL
MASCULINO
FEMININO
MASCULINO
FEMININO
VARIÁVEIS
cujo
quanto
qual
cuja
quanta
qual
cujos
quantos
quais
cujas
quantas
quais
INVARIÁVEIS
que, quem







a    PRONOMES INTERROGATIVOS (introduzem perguntas) servem para perguntar, direta ou indiretamente.



SINGULAR
PLURAL
MASCULINO
FEMININO
MASCULINO
FEMININO
VARIÁVEIS
quanto?
qual?
quanta?
qual?
quantos?
quais?
quantas?
quais
INVARIÁVEIS
que?, quem?


VAMOS EXERCITAR.
          A.    Complete as frases:
          1.      Os pronomes pessoais que representam a pessoa que fala são: _________ e _________.
          2.     Os pronomes pessoais que representam a pessoa com quem se fala são: _________ e _________.
          3.     Os pronomes pessoais que representam a pessoa de quem se fala são: _________, _________, _________ e _________.

B.    Substitua as expressões sublinhadas por pronomes pessoais correspondentes:1. O pai não sabia o que era plebiscito. ______________________2. A mãe limpava a gaiola do canário. _______________________
3. As meninas saíram da sala. ____________________________
4. Os meninos liam histórias em quadrinhos. _________________
5. A gaiola estava muito suja. _____________________________
6. O canário cantava alegremente. _________________________
7. Maria saiu. ________________________________________
8. O professor faltou. __________________________________
9. As alunas entenderam a explicação? ______________________
10. José e Pedro estudaram muito. _________________________
11. Eu e Mário fomos ao teatro. ___________________________
12. Tu e João sois o sal da terra.